
A meditação e os nossos pensamentos
Olá pessoal. Hoje quero falar sobre a meditação e os nossos pensamentos. Sobre o efeito que a meditação tem em mim e da sua importância. Para começar, eu já medito há um ano e três meses precisamente. E aqui no blog tenho um artigo que falo de como conheci a meditação e da minha experiência com a meditação e que podes ler aqui.
No início foi “difícil”, visto que a nossa cabeça foi feita para pensar e ao contrário do que muitos pensam a meditação não é deixar de ter pensamentos e deixar a cabeça vazia. Isto é errado, porque meditar é estarmos no momento presente, no aqui e agora, em silêncio e estarmos em contacto connosco.
É aceitar esses pensamentos, sabendo que eles não são nossos. E neste caso que os meus pensamentos não são “EU”.
Pode parecer um absurdo, mas sempre nos disseram e foi-nos ensinado a pensar, e muitoooo, principalmente nas nossas desgraças. E com isso a nossa cabeça inventa, realiza e faz filmes acabando por se tornar no nosso pior inimigo. Confesso que fazia e luto muito para deixar de fazer esses filmes na minha cabeça.
Mas, para isso precisamos entender que os nossos pensamentos não somos nós. Ou seja não são esses pensamentos que nos definem. Por isso na meditação, sentado, deitado, a caminhar ou como quiseres, o importante é aceitar. Aceitar esses pensamentos, deixa-los vir e ao mesmo tempo deixa-los partir sem nos apegarmos a eles.
Sem o apego porque eles não são teus. E sempre que me perco nesses “pensamentos”, volto a focar na minha respiração. Isto porque a respiração é a melhor maneira de voltar ao foco.
Como disse no início do artigo, nem sempre é fácil. Nem sempre consigo ter a mente vazia, acho que até hoje ainda não a consegui ter totalmente vazia. Mas um dia há de chegar esse momento. Cada vez que me envolvo num pensamento volto para a minha respiração, para o meu momento. Nada como prestar atenção à nossa respiração, ao ato de respirar.
Também existem momentos onde esses pensamentos aparecem e não lhes dou muita atenção. Simplesmente deixo-os ir, porque sei que no fundo o que eles querem é atenção e esse momento é meu e esses pensamentos não me pertencem. Não me deixo envolver neles.
Tenho duas formas de meditar que costumo usar na minha prática diária. Isso, de acordo com o meu estado de espírito:
Meditação mindfulness
A meditação Mindfulness, que é a atenção plena. Ou seja é uma meditação com base no foco. O estar presente tanto na meditação como no dia-a-dia. Ela tem como foco as partes do corpo, a respiração, as emoções e sensações. Normalmente ela é guiada e só temos que seguir os passos. E assim é mais fácil para não nos perdermos tanto.
E recorro a uma APP que é a Insight Timer para praticar.
A meditação em silêncio
A meditação em silêncio é relaxar e estar em silêncio connosco, ou seja, desfrutar do nosso próprio silêncio. Particularmente gosto desta meditação, porque gosto de estar em silêncio, sem vozes, sem ruídos. Onde o Ser e Estar são os mais importantes. Confesso que não é fácil, principalmente para quem está no início. Mas nada é impossível e lança esse desafio e experimenta.
“Penso noventa e nove vezes e nada descubro. Deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio, e eis que a verdade se me revela.” – Albert Einstein
Esses são os que mais uso no meu dia-a-dia. E os que me têm ajudado a controlar essa minha mente barulhenta. Porque vocês não têm noção da quantidade de pensamentos que passam pela minha mente todos os dias. É uma mistura de passado, futuro, medos, inseguranças, preocupações que faz com que a minha mente esteja sempre ali a ferver.
E quando medito, deixo-me estar ali durante uns minutos no meu momento. E só assim consigo ganhar a batalha com esses pensamentos, apesar que tem dias que eles me vencem. Mas sigo lutando todos os dias.
Por isso a meditação é importante, porque ela ajuda-nos a controlar os nossos pensamentos e a arquitetar a nossa mente. Imaginem a quantidade de pessoas que vivem perdidas nos seus pensamentos achando que isso é normal.
Acreditem que já fui assim e todos os dias luto para essa mudança. Porque sei o quão importante é saber controlar esses pensamentos. Mas também não vou dizer que isso vai funcionar logo à primeira, porque não vai.
É preciso insistir e persistir nessa mudança e praticar todos os dias.
E muitas das vezes o estar com a nossa mente carregada, torna-nos uma pessoa doente. Sim, muitas das doenças são causadas por esses pensamentos. Como por exemplo o stress, a ansiedade, depressão, etc. E tudo isso porque estamos constantemente focados no passado, no futuro, nos pensamentos negativos ou nos filmes que criamos na nossa cabeça. E tudo isso traz consequências para o nosso corpo resultando em doenças.
E acreditem, nós passamos uma vida a sabotar-nos, causando doenças em nós próprios por causa de pensamentos negativos. Acabamos por não seguir a nossa intuição, não sendo verdadeiros connosco próprios, vivendo no passado e no futuro.
Tudo isto porque temos medo e acabamos por sofrer por tudo e por nada. Preferimos pensar nos outros, para não termos que lidar connosco e com os nossos bloqueios.
Portanto, a meditação é um bom aliado para viver uma vida plena. Para estarmos em contacto connosco e com o nosso “EU” interior. O prestar atenção ao nosso corpo e escutá-lo! A meditação é saber parar e respirar. Dar atenção à nossa respiração no aqui e agora. Porque respirar é o único comprimido que o nosso corpo precisa.
Por isso, respira! Foca a atenção em ti porque esses pensamentos não são teus. Eles não te definem.
“O segredo da saúde da mente e do corpo está em não lamentar o passado, em não se afligir com o futuro e em não antecipar preocupações. Mas está no viver sabiamente e seriamente o presente momento.” – Sakyamuni
Beijinhos de luz
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